vendredi 5 octobre 2012






Labirinto

de palavras que circulam descompassadas em minha mente
vertente que corre em minhas veias
aconchego de um corpo contra outro
vasos dilatados
pupilas
olhos brilhantes
selvagem o cabelo
solto
os ombros retos
o musculo que treme
a pele arde
o peito inflama
e o chao se abre
largos passos no corredor
e nada aqui dentro do quarto se move
e rasga o silencio
mesma a respiraçao se detem.

Vividos momentos
nessa mente perdida
em pensamentos futuros e passados
Labios?
porque gemem palavras ininteligiveis?
Bocas? por que tocam-se umidas
enquanto braços se enroscam como heras?

deveria ter tracado a porta
mas nem um louco ousaria abri-la agora...
la fora o vento o ceu e o frio
que nao entram
aqui dentro
entra
sai
queima
arde
vibra
deseja
carne contra carne
volupia
voltas no teto
luz pelo buraco da fechadura.