jeudi 25 septembre 2014

O Leao Covarde



O leao covarde passa com sua juba espessa ao vento.
Finge nao ver e disfarça
surdo ao meu triste lamento.
O leao covarde nao ve a beleza que vai além do sol amarelo.
Fica a sorrir pro espelho
e ofusca o que existe de belo.
O leao covarde dissimula compaixão
lidera a manada perdida.
Mostra os dentes pros ratos
mas fecha os olhos pra vida.
O leao covarde sorri pra fotografia
ajeitando a juba descabelada.
Olha pro proprio reflexo e sorri
Nem percebe que nao vale nada.
O leao covarde nao baixa o queixo pontudo.
Nao ri pros súditos submissos
guarda sua vaidade acesa
e pra verdade fica omisso.
O leao covarde salta e ataca a presa assustada.
Segura a jugular apertada.
Mas depois de capturada a vitima
com a mesma nao faz nada.
O leao covarde resta em silencio,
com um urro surdo ao passado.
Nao percebe tudo que fez com meu coração
e nem o quanto tem me maltratado.

23-8-14